EXECUTIVOS FINANCEIROS - Cresce o resgate de produtos nos programas de fidelidade, constata a ABEMF

04 de Junho de 2020

Nos três primeiros meses do ano, houve recuo na procura dos consumidores por passagens aéreas

Entre janeiro e março, houve um aumento no resgate de produtos nos programas de fidelidade das empresas, assim como no número de inscrições no cadastro de participantes desse tipo de ação.

A Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) constatou, também, recuo significativo na procura por passagens aéreas.

O balanço foi divulgado com base nas informações fornecidas pelas empresas que fazem parte da entidade, entre as quais figuram Dotz, GPA, LTM, LatamPass, Smiles e TudoAzul.

No período, os participantes trocaram 54 bilhões de pontos/milhas. Desse total, 30,9% foram para o resgate de produtos - o maior nível já registrado pelo histórico de indicadores da ABEMF.

As passagens aéreas continuam sendo as preferidas dos participantes e foram o destino dos outros 69,1% dos resgates de pontos/milhas. Mas nos trimestres anteriores, a taxa chegava próximo de 80%.

De acordo com o levantamento, o volume de pontos/milhas emitidos no primeiro trimestre recuou 1,27% na comparação com o mesmo período de 2019, totalizando 71,6 bilhões.

Fatores como a alta do dólar, menor número de promoções de pontos bonificados e os impactos iniciais da pandemia, a partir de março, contribuíram para o resultado.

No total resgatado, houve queda de 12,4%, frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

"A desaceleração do setor aéreo pode ser uma das razões para essa queda, uma vez que as passagens continuam sendo as preferidas dos participantes e muitos podem ter optado por esperar pelo resgate em outro momento, quando puderem viajar", afirma João Pedro Paro Neto, presidente da entidade.

Entretanto, a taxa de breakage, que mede o percentual de pontos/milhas expirados, ficou praticamente estável, em 15%, nos três primeiros meses do ano.

A avaliação é de que os consumidores ainda seguem atentos ao prazo de validade de seus pontos/milhas.

Os programas de fidelidade ganharam 1,8 mil novos cadastros no primeiro trimestre, passando a um total de 149 milhões de inscrições.

Já o faturamento das empresas cresceu 2,7% em relação ao mesmo trimestre do exercício passado, para R$ 1,8 bilhão.

 

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